12/07/2011

Saudade

Tento com a melhor particularização explicar o que sinto, mas não consigo achar maneira de o fazer. Luto contra a sensação, a dor e a emoção; pesquiso no meu íntimo, o meu extinto, o que pressinto mas nada é achado.
Apelo a tudo o que obtenho para uma contestação aceitável, mas a cena da peça não se diferencia, está presa na dúvida e na incerteza.
Nisto, vejo o mundo a tirar-me tudo, olho ao redor vejo-me sem nada, olho para mim e vejo-me iludida, mas o sentimento desconhecido permanece interiorizado e recalcado ainda em mim.
Tudo, cada vez mais, se torna difícil e eu sentada à espera que alguém me dê de mão beijada a resposta da minha néscia afecção estranha mas sempre a acreditar que a esperança de a encontrar estaria onde menos se espera. Até que, assim foi, algo se despertou, foi como se tivesse acordado para a vida e aí me apercebi que o sentimento, nada mais, nada mais, era só saudade… Muita saudade!
(…..)

2 comentários: